Linha de trem construída em 8h na China: qual a lição disso?

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Linha de trem construída em 8h na China: qual a lição disso?



13 de março de 2018

Um bom planejamento pode promover verdadeiras maravilhas no setor de construção civil. Na China, um grupo de 1.500 operários construiu uma linha de trem com 246 km de extensão na província de Fujian. O “detalhe” que chama a atenção: o trabalho completo foi feito em apenas 8 horas.

O objetivo da empreitada foi interligar as cidades de Nanping e Longyan com um trem que viaja a 200 km/h. O que antes levaria 7 horas de viagem, agora leva uma hora e meia.

Os países da Ásia sempre se destacam no quesito eficiência e produtividade em diversos setores da economia, principalmente na construção civil. São famosas as obras de reconstrução em países como China e Japão depois de desastres como terremotos e enchentes. Elas sempre chamam a atenção pela velocidade em que são realizadas.

Mas qual será o fator que causa essa enorme diferença para nós, brasileiros? Será a burocracia? Disponibilidade de orçamento e tecnologia? Com certeza é uma mescla de diversas variáveis que fazem a diferença.

Entretanto, há lições fundamentais que podemos extrair do trabalho desses países e que podem servir de parâmetro para nossas obras. Confira, abaixo, três delas.

Lição 1: bom planejamento

O bom planejamento é fundamental para qualquer projeto que pretenda alcançar eficiência. No Japão, por exemplo, as Olimpíadas começam apenas em 2020, mas ao final da última edição, em 2016, no Brasil, o país já havia começado as obras necessárias para o evento.
Estão previstos a renovação de antigos centros esportivos e a construção de um novo estádio olímpico, assim como uma vila para atletas.

Realizar as obras dentro do cronograma, sem atrasar, só é possível por meio de muito planejamento – o que é a diferença fundamental para o Brasil. Por aqui, as empresas do setor investem pouco tempo nessa fase tão importante e os  resultados são sempre os mesmos: estouro do orçamento, erros de execução e de projeto e atraso na entrega dos empreendimentos.

No Brasil, a regra é o atraso das obras ou mesmo sua paralisação. O CEO da empresa especializada em negócios China invest, Thomaz Machado, disse em uma entrevista que os chineses não entendem como um projeto aprovado pode parar no meio.

A lição a ser aprendida então é a seguinte: investimento de tempo e recursos no projeto pode evitar prejuízos, atrasos e inconsistência na execução da obra.

Lição 2: Building Information Modeling (BIM)

A tecnologia BIM (Building Information Modeling ou Modelagem de Informação da Construção) é muito promissora no mercado de construção civil. Trata-se da edificação em maquete eletrônica de todo o empreendimento, desde a concepção arquitetônica até o acabamento.

A ideia é gerenciar a construção de maneira a compilar informações das mais diversas equipes de trabalho, diminuindo erros e retrabalhos por inconsistências de informações ou falhas de comunicação.

CONHEÇA OS BENEFÍCIOS DO BIM PARA CONSTRUÇÃO

Além disso, a tecnologia BIM gera plantas, cortes e vistas de modo a simular detalhes estruturais e prever interferências internas e externas. Cálculos podem ser feitos para conferir eficiência energética, consumo de matéria-prima e outro materiais.

O sistema BIM é uma grande novidade e seu uso vem crescendo no Brasil. No exterior, países como Noruega, Alemanha, Singapura e Hong-Kong já utilizam a tecnologia em projetos-piloto.

Lição 3: tecnologia favorável

Em países desenvolvidos, a tecnologia já é a principal aliada da produtividade e do sucesso das companhias do setor de construção civil. O uso de ferramentas automatizadas, como softwares ERP, proporcionam redução de custos, controles mais eficientes e acompanhamento de processos que envolvem diversas equipes, etapas, logísticas e fornecedores.

A crise na construção civil afeta diversos países. A diferença de China e Japão é que essas nações não deixam de investir em tecnologia, pois consideram primordial as vantagens que sistemas inovadores e mais eficientes trazem para os empreendimentos.

O Brasil, pelo contrário, em um primeiro sinal de crise corta o financiamento daquilo que é essencial para novos processos: o investimento em desenvolvimento e inovação. Essa situação é uma realidade contra a qual temos de lutar.

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